Começo por vos contar
esta história pois foi a partir daqui que algo mudou. Percebi que somos nós os
responsáveis pelo nosso próprio sucesso e pelos nossos próprios falhanços. Mais
que isso percebi que querendo, com muita força de vontade e acreditando que é
possível conseguimos fazer qualquer coisa que nos proponhamos fazer.
Foi num dia de calor abrasador em pleno Agosto que
decidimos visitar o tão falado “Passadiço do Paiva”. Sim, o local tem paisagens
fantásticas, sim, estava demasiado calor para a aventura que nos esperava, mas
o mais fantástico foi a prova de superação que alcancei nesse dia. Um pouco de
loucura à mistura se pensar que não tinha qualquer treino nem tão pouco faço
exercício com tanta frequência quanto gostaria (um tema para abordarmos mais
para a frente)! Pois já estão a adivinhar… iniciei o percurso (sem ter a mínima
noção do que me esperava). E fomos andando (foi um passeio em família em jeito
de caminhada) ao mesmo tempo que apreciávamos as lindas paisagens.
Chegando ao
conjunto de escadas achei mesmo que não ia chegar ao cimo, foi mesmo muito
custoso e pensei ficar a meio da subida. Mas, com o incentivo do marido lá fui
dando mais uns passos ao mesmo tempo que tentava (a muito custo) esquecer as
dores que começava a sentir e o percurso que ainda faltava. Cheguei ao topo das
escadas! Senti uma vitória, um objetivo cumprido! Por pouco tempo… Depois de
apreciarmos a paisagem que as vistas conseguiam alcançar do cimo daquele monte
eis uma verdade dolorosa: aquele não era o fim do percurso! Não! Não pode ser,
não consigo mais! Mas depois de tudo, por mais um pouco (pensava eu que era
mais um pouco!) iria fazer até ao fim. E CONSEGUI…e posso dizer que foi uma
sensação fantástica! Não foi fácil, foi mesmo muito difícil mas o facto de ter
conseguido chegar ao fim foi uma verdadeira vitória. Pois, e não é que esta
doidinha depois de reabastecer e restabelecer energia ainda fez todo o percurso
de regresso! Já tal era a anestesia geral, não sentia nadinha, penso que o
regresso foi feito numa espécie de piloto automático. Mas foi completamente
gratificante ter conseguido completar todo o percurso (ida e volta) perfazendo
cerca de 22Km.
O mais importante a retirar desta aventura é que por
mais difícil e dolorosa que possa ser/parecer o caminho desistir nunca deve ser
a solução. O foco deve ser a meta e não devemos pensar no percurso propriamente
dito (a maior dificuldade foi criada por mim própria quando pensava “ainda
falta tanto. Acho que não vou conseguir.” Podemos adaptar este exemplo a vários
momentos da nossa vida em que a vontade é desistir apenas porque parece muito
difícil ou por achar que não seremos capazes (consegui surpreender todos os que
me acompanhavam nesse dia pois achavam que seria impossível ter feito o que
fiz!).
Não deixem nunca de lutar pelo que acreditam e… Make
it Happen!
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